sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Amanhã

"Amanham-se as plantas com a cultura e os homens com a educação".

Jean Jacques Rousseau

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Janusz Korczak (parte 1 de 2)


Janusz Korczak: Como amar uma criança...


Por Rafael F. Scharf - Vice-Presidente da Associação Internacional Janusz Korczak da Inglaterra

A vida de Janusz Korczak é tão tocante que, ao contá-la, é necessário evitar a ênfase patética que se impõe, a fim de permanecer-se fiel àquele sobre o qual falamos.

Ele era, na mais profunda acepção do termo, um homem simples, toda afetação lhe era estranha. É certo que ele não imaginava que seu nome seria célebre, e é por isto que cada vez que o glorificamos publicamente, inaugurando um monumento em sua homenagem, eu me pergunto qual seria o seu comentário se sua boca de pedra pudesse falar.

Sua história foi recontada inúmeras vezes e continuará sendo, porque ela mostra melhor, sem dúvida, não importando o caso particular, o horror inexprimível da última guerra e a exterminação dos judeus poloneses.

Em 5 de agosto de 1942, durante a liquidação do gueto de Varsóvia, os hitleristas ordenaram o agrupamento das crianças do orfanato de Korczak e o envio das mesmas ao campo de morte de Treblinka. O ‘Velho Doutor’ reuniu duzentos pupilos, os fez colocar-se sabiamente em fileiras e, à sua frente, partiu com eles para o ‘Umschlagplatz’, no cruzamento das ruas Stawki e Dzika, onde todos foram colocados em vagões de carga e enviados para os fornos crematórios.

Esta marcha nas ruas do gueto foi vista por algumas centenas de pessoas, e a silhueta pequena de Korczak dirigindo-se para seu calvário, inconsciente de seu heroísmo, fazendo aquilo que lhe parecia evidente, excitava as imaginações. A novidade espalhou-se imediatamente, repetida de boca em boca com a força de detalhes inventados: que Korczak carregava nos braços os dois menores, coisa pouco provável, porque ele mesmo estava doente e tinha dificuldades em andar; que o ‘Jundenrat’ tinha intervindo no derradeiro momento e tinha despachado em seguida um mensageiro atrás da fila, portador de um salvo conduto somente para Korczak, que foi por ele rejeitado com desprezo; que para apaziguar as crianças ele tinha lhes dito que iam em excursão e que eles, confiantes, o seguiam sem choro e sem protesto. Mas nenhum embelezamento é necessário diante dessa verdade nua e crua; não é preciso ajuntar qualquer coisa para torná-la mais eloqüente. A antítese do espírito e das dificuldades é clara e definitiva: um homem sábio por excelência, desinteressado e bom, opondo-se aos covardes, bárbaros obtusos, que se mostravam sob seu aspecto mais satânico.

Entre os milhões de mortes anônimas, a de Korczak tem um grande significado. Nos campos e guetos, ele se tornou para muitos, uma inspiração, pois aí o que mais ajudava a sobreviver era a convicção obstinada e indestrutível que a dignidade humana poderia vencer , embora tudo parecesse provar o contrário.

A imprensa clandestina dos campos mostra bem o quanto esta derradeira caminhada sublime do Velho Doutor foi um reconforto e uma dose de ânimo para seus contemporâneos. A partir daí sua glória tem crescido e o mundo fez de Korczak um símbolo moral.

É preciso que nossa atenção à sua morte não obscureça o caráter de sua vida. Henryk Goldszmit (este era o seu verdadeiro nome – Janusz Korczak foi um pseudônimo tirado de um romance pouco conhecido de Kra Szewski) nasceu em Varsóvia há pouco mais de cem anos numa família abastada. O fato de seu pai ter sido um advogado conhecido e seu avô um médico mostra até que ponto o seu meio foi assimilado. Ele cresceu na solidão, preservado das influências do exterior, sem se dar conta de que era judeu e sem saber o que isso significava. Antes de terminar a escola ele perdeu o seu pai, atingido por uma doença mental. A miséria sucedeu a abundância. O jovem Henryk tomou sobre si, da maneira como pode, o encargo de sua mãe e irmã, e nos anos seguintes, freqüentemente passando fome, estudou medicina com enormes dificuldades. Quando, por fim, obteve seu diploma, as coisas começaram a melhorar, contribuindo também para isso sua reputação de escritor que se afirmava. Mas isto não durou muito tempo. Repentinamente um tipo de necessidade interior mudou completamente seu destino.

Com trinta e quatro anos ele abandonou o exercício da medicina para se ocupar de um orfanato, que do início ao seu fim, permaneceu associado ao seu nome. A idéia fixa de consagrar sua vida às crianças parecia possuí-lo. Ele não era um idealista ingênuo; o que o caracterizava era uma compreensão extraordinária da criança e a convicção da necessidade de lutar pelos seus direitos no mundo governado pelos adultos. Ele não tinha confiança no mundo governado pelos adultos, mas como cada verdadeiro reformador ele julgava que mesmo uma só pequena vela acesa valia mais que lamentar-se de escuridão. Sua intuição não excluía sua sensibilidade e ela está edificada sobre uma observação constante, clínica, poder-se-ia dizer, sobre um estudo minucioso dos fatos. Totalmente absorvido por sua única idéia, não havia lugar nele para tudo que os outros davam tanta importância – dinheiro, a celebridade, um lar, uma família.

Seu orfanato, construído e mantido exclusivamente graças às doações de pessoas caridosas, era destinado às crianças dos bairros pobres de Varsóvia. A obtenção de fundos para fins de caridade tinha então, como hoje, seu aspecto desagradável, que freqüentemente irrita aqueles que dela dependem. Korczak balançava a cabeça em desaprovação perante o preço do material gasto para encerar o assoalho antes de um baile de benemerência e ele se lamentava do tempo que perdia com quem vinha visitar o orfanato. Mas a força de sua personalidade fazia que os doadores considerassem uma honra o financiamento de seu trabalho.

No domínio da educação e da psicologia da criança, ele era um pensador pragmático original e, ao mesmo tempo, um pioneiro de princípios que serviam de modelos para outros. Ele se esforçava constantemente de refazer seu sistema baseado sobre a compreensão das necessidades mais profundas da criança. Sua influência se exercia tanto por sua presença direta quanto pelo que escrevia no jornal do orfanato preparado pelas crianças e destinados à elas mesmas; a leitura em comum dessa publicação era um acontecimento semanal dos mais importantes. Conta-se que ao longo de 30 anos de seu trabalho intenso, ele jamais deixou de fornecer um artigo por semana à redação. As regras do orfanato eram seguidas por um código, cujo parágrafo 1000 previa como a pena mais alta, a expulsão pura e simples. Cada criança que tinha reclamação contra outra tinha o direito de a fazer comparecer perante um tribunal composto por seus colegas. Korczak mesmo, se tivesse sido convocado, teria de se apresentar perante este tribunal e de se submeter a sua sentença.

À noite, após uma ronda em todos dormitórios, o Velho Doutor retornava ao seu quarto no sótão, a única ‘casa’ que ele teve durante toda a sua vida adulta, e lá, até tarde da noite, ele colocava ordem em suas notas e escrevia.

Continua...
Copiado de
A Casa de Rubem Alves

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Você Tubo

Carta do Chefe Seattle




Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade.

A Carta


Como podeis comprar ou vender o céu, o calor do chão?

A idéia não tem sentido, para nós.
Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis comprá-los?
Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo.
Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo.
A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem a terra do seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas.
Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs: os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.
Assim quando o Grande Chefe em Washingthon manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sitio onde poderemos viver confortavelmente por nós mesmos.
Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos.
Se for assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra, Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós
A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar vossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida do meu povo.
O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede.
Levam as nossas canoas e alimentam as nossas crianças.
Se vendemos nossa terra a vós, deveis vos lembrar de ensinar a vossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão.
Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser, para eles, um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo que precisa.
A terra não é sua irmã, mas sua inimiga: depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar, deixa, atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa.
A cova de seus pais e a herança dos seus filhos, ele os esquece.
Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu, como coisas a serem compradas ou roubadas, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos.
E isso eu não compreendo.
Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso.
A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho.
Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e, como tal, nada possa compreender.
Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz.
Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto.
Talvez seja porque um selvagem, eu não possa compreender

O barulho serve apenas para insultar os ouvidos.

E que vida é essa onde o Homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfolando a superfície das águas nos lagos, ou a fragrância da brisa purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume das pinhas.
O ar é precioso para o homem vermelho.
Pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o Homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro.Mas se vos vendemos nossos terras, deveis lembrar que o ar é precioso para não, que o insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que nossos avós inspiraram ao primeiro choro foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro.
Se vendemos nossa terra a vós, deveis conservá-la á parte, como sagrada, com um lugar onde mesmo o homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada palas flores dos bosques.
Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidimos a aceitá-la, farei uma condição: o homem branco terá que tratar os animais desta terra como fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como fumegante cavalo de ferro posa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.
Que será do homem sem os animais? Se todos os animais desaparecerem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo que acontece aos animais pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado.
Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a ele o que ensinamos aos nossos: que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra está cuspindo sobre si mesmo.
De uma coisa nós temos certeza: a terra não pertence ao homem branco: o homem branco é que pertence a terr. Disso nós temos certeza todas as coisas estão ligadas com o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também os filhos da terra. O homem não tece a teia da vida. É antes um de seus fios. O que quer faça a essa teia, faz a si próprio.
Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como amigo não pode fugir a este destino comum.
Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos. Nós o veremos. De uma coisa sabemos que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo DEUS. Podeis, pensar hoje que somente vós O possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem em sua compaixão é igual tanto para o homem branco quanto para o homem vermelho.
Esta terra é querida Dele, e ofender a terra é insultar o seu Criador.
Os brancos também passarão: talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos excrementos.
Mas no vosso parecer, brilhareis alto, iluminados pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho.
Este destino é um mistério para nós.
Pois não compreendemos como será no dia em que o ultimo búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueadas por fios falantes. Onde está o matagal? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.
O fim do viver é o inicio do sobreviver...

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Carnaval (2)

Entrudo ( imagem " Dia Dentrudo", de Jean-Baptiste Debret, de 1823)

O costume de se brincar no período do carnaval foi introduzido no e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei MomoBrasil pelos portugueses, provavelmente no século XVI (XVII segundo o sitio Sua Pesquisa), com o nome de Entrudo(Wikipedia). Influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.(Sua pesquisa) Já na Idade Média, costumava-se comemorar o período carnavalesco em Portugal com toda uma série de brincadeiras que variavam de aldeia para aldeia. Em algumas notava-se a presença de grandes bonecos, chamados genericamente de "entrudos". No Brasil, essa forma de brincar — que consistia num folguedo alegre mas violento — já pode ser notada em meados do século XVI, persistindo, com esse nome, até as primeiras décadas do século XX. A denominação genérica de Entrudo, entretanto, engloba toda uma variedade de brincadeiras dispersas no tempo e no espaço. Aquilo que a maioria das obras descreve como Entrudo, é apenas a forma que essas brincadeiras adquiriram a partir de finais do século XVIII na cidade do Rio de Janeiro. Mesmo aí, a brincadeira não se resumia a uma única forma. Havia, na verdade vários tipos de diversões que se modificavam de acordo com o local e com os grupos sociais envolvidos.(Wikipedia)

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Carnaval (1)

O Carnaval do Brasil é a maior festa popular do país. A festa acontece durante quatro dias (que precedem a quarta-feira de cinzas). A quarta de cinzas tem este nome devido à queima dos ramos no Domingo de Ramos do ano anterior, cujas cinzas são usadas para benzer os fiéis no início da quaresma. O Carnaval prepara o início da quaresma, isto é, seu último dia precede a quarta-feira de cinzas (início da Quaresma). (Wikipedia)

No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.

No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.

A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.

O carnaval de rua manteve suas tradições originais na região Nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.

Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta cidade durante o carnaval.

Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi (Sua Pesquisa)

Historia e Etmologia

A festa carnavalesca surge a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale", que, acabou por formar a palavra "carnaval".

Em geral, o Carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira "Terça-feira gorda", também conhecida pelo nome francês Mardi Gras, último dia antes da Quaresma. Nos Estados Unidos,mardi gras, é sinônimo de Carnaval.

No período do Renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporaram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao caráter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato atual.

O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelos exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval francês para implantar suas novas festas carnavalescas sendo o Carnaval do Rio de Janeiro considerado o mais importante do mundo. (Wikipedia)


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domingo, 22 de fevereiro de 2009

FRATERNIDADE

Fraternidade



Dirigido por Jorge Furtado

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Imagens que educam























Imagens da Escola Lumiar (São Paulo-Brasil). Conteúdos através de projetos e atividades alternativas constituem parte da proposta vale a pena dar uma olhadinha no sitio (clique aqui).

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Eu li

Ernesto Guevara, também conhecido como CHE
Paco Ignácio Taibo II (Editora Expressão Popular)

Che é um dos revolucionários mais conhecidos e admirados do mundo. Há mais de 40 anos de sua morte – e 80 anos de seu nascimento – seu compromisso com a história permanece um símbolo de rebelião, esperança e justiça. Ernesto Guevara, também conhecido como Che é uma biografia minuciosa e detalhada, que revela na sua plenitude um
homem sempre pronto para a luta. Paco Ignácio Taibo II, a partir de um vasto material e recorrendo a textos do Che – fragmentos de cartas pessoais e públicas, diários, notas manuscritas, artigos, poemas, livros, discursos, conferências, declarações em atas, entrevistas, frases e testemunhos de companheiros –, faz do próprio Che o segundo narrador desta história.
Este livro, escrito com grande intensidade e dedicação, por sua fidelidade histórica, é uma crítica contundente aos que querem separar Che de suas idéias e limitar sua herança a rótulos. Esta obra é também uma resposta aos que usurpam sua trajetória, adulterando-a, para golpear seus camaradas de armas.
Após a leitura destas páginas, o mito reencontra o homem, seu pensamento e ação. Assim nos colocamos diante daquele que foi “o mais sóbrio praticante do socialismo” (Debray) e “o mais completo ser humano de nossa época” (Jean-Paul Sartre). Retirado do sítio da própria editora.

Eu li e vale muito a pena, o nível de detalhes está absurdo, além de pontuar muitas questões curiosas e impressionantes (que talvez nem sejam publicadas em outras leituras). traz novamente a tona a figura de Che Guevara Triturei este livro em pouquíssimo tempo e para que gosta de Che e de história da América Latina é leitura obrigatória. O historiador Paco Ignácio Taibo II conseguir reunir muitos (mas muitos documentos mesmo sobre Che, vejam o tamanho da bibliografia), resultando o trabalho final com numa participação "direta" de Che na própria narração da história o que trouxe ainda mais vivacidade à obra. As notas no fim do livro sobre cada capítulo contribuem ainda mais na riqueza de detalhes em que este apresenta. Taí uma opção.

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Rogério Wong

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Provérbio Chines

Se os teus projetos forem para um ano, semeia o grão. Se forem para dez anos, planta uma árvore. Se forem para cem anos, educa o povo.

Há certeza?

Do fundo dos olhos
vem como uma canoa no rio a deslizar.
Aparece como luz que brilha
e reflete na água tranquila
e até o verde das matas ilumina
como um sutil sorriso no canto da boca.

Mas fica sempre a duvidar

sobre se, ou quando
um dia verá a transformação
do cósmico em interior,
do céu em imaginação,
da lua uma constelação
de satélites que guardam o universo.

Mas fica sempre a duvidar
de que poderiam sumir as flores
e com elas a beleza e a leveza
dessa vida em que há tristeza e falsos pudores.
E a alegria lá dentro se esconde

como um tatu a cavar
ou um avestruz de cabeça enterrada
com medo do hoje e do amanhã.

Mas fica sempre a duvidar...
como receio da alegria.
Quantos não tem medo de viver a vida?
Quantos não tem medo de trocar?
Quantos não tem medo de encontrar?

Basta se entregar ao agora
e saber que é uma vibração de Gaia
que grita, que sorri e que chora
e que fica sempre a duvidar
...


Por Bruno Pinheiro

A CASA DAS PALAVRAS

Andam dizendo que uma imagem vale mais que mil palavras. É uma frase de efeito, com ar de modernidade. As pessoas acreditam, ate repetem. Mas não é verdade. Os próprio cultores da imagem tiveram que cunhar uma frase para louvá-la, talvez por achar difícil criar uma imagem que dissesse a mesma coisa, com a mesma clareza. Felizmente o mundo está cheio de pessoas que amam as palavras e que se encantam com elas.
E agora vou plantar aqui uma palavra que é um nome: Medellín. E sei que na cabeça de todo mundo essa palavra evoca varias outras: drogas, tráfico, cartel, violência. À distância, essas parecem ser as únicas palavras daquela cidade. Não são. Medellín – eu estive lá e sei – é uma cidade que ama especialmente as palavras.

Ali acontece todo ano um festival de poesia surpreendente, que ocorre em escolas, teatros, igrejas, praças, tudo ao mesmo tempo, e tudo lotado. Ali atuava, quando lá estive, um grupo chamado Ratos de Biblioteca, de estímulo à leitura. E dali me chega agora um encantador livro de palavras chamado Casa das estrelas.
Claro, todo livro é de palavras. Mas este, como explica seu autor, Javier Naranjo, surgiu como um jogo em que crianças do primário eram convidadas a dar o significado de algumas palavras. As palavras eram frequentemente escolhidas pelas próprias crianças. E o “jogo”, que era muito sério, durou vários anos. Ao fim, foi feita uma seleção corrigindo-se apenas a ortografia. E do resultado final, transcrevo aqui algumas frases, agradecendo a Naranjo e às crianças.

Adulto: Pessoa que toda vez que fala, primeiro é dela. (Andrés Bedoya, 8 anos)

Água: Líquido que não se pode beber. (Nélson Ramírez, 7 anos)

Amor: É o que cada coração junta para dar a alguém. (Lina Maria Murillo, 10 anos)

Conseguir uma namorada aqui e outra em minha casa, e quero que a minha mãe emagreça porque está muito gorda. (Orlando Vasquez, 6 anos)

Ausência: É que eu vou morrer. (Yorlady Rave, 8 anos)

Assassinato: Tirar o melhor da pessoa. (Juan Restrepo, 9 anos)

Deus: É o amor com cabelo comprido e poderes. (Ana Milena Hurtado, 5 anos)

É uma pessoa em que cravam cravos. É jovem. (Sebastián Uribe, 5 anos)

Dinheiro: É o fruto do trabalho mas há casos especiais. (Pepino Nates, 11 anos)

Eternidade: É quando numa casa todos os filhos casam, não se pões música, não tem confusão. Essa casa parece uma eternidade. (Blanca Henao, 10 anos)

Lar: O lar é alguma coisa que de repente se separa. (Juliana Escobar, 10 anos)

Igreja: Onde se vai para perdoar Deus. (Natalia Bueno, 7 anos)

Lembrança: É uma coisa de pequeno a grande. (Fabián Loiza, 12 anos)

Mãe: Minha mãe cuida muito de mim, gosta muito de mim, me dá comida quando quero. (Camilo Gómez, 7 anos)

A mãe é a pele da gente. (Ana Milena Hurtado, 7 anos)

Medo: É que a minha mãe dirige um carro e uns senhores do viaduto não podem comer e quebram o vidro do carro e matam ela e matam meu pai e eu vivo sozinho. (Orlando Vásquez, 6 anos)

Morto: Ser humano insensível. (David Casadiego, 10 anos)

Nada: É quando pergunto a alguém se viu alguma coisa. (Juan Osório, 8 anos)

Criança: É um ser humano, são más às vezes, são boas às vezes, choram, gritam, brincam, brigam, tomam banho; às vezes não tomam banho, se metem na piscina e crescem. (Natalia Calderón, 6 anos)

Tranqüilidade: Por exemplo, que o pai diga que vai bater e depois diga que não vai mais. (Blanca Henao, 10 anos)

Universo: Casa das estrelas. (Carlos Gómez, 12 anos).

Marina Colasanti

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dimenstein

Professor nota zero

Dos 214 mil professores que se submeteram à prova da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, 3.000 tiraram zero: não acertaram uma única questão sobre a matéria que dão ou deveriam dar em sala de aula. Apenas 111, o que é estatisticamente irrelevante, tiraram nota dez. Os números finais ainda não foram tabulados, mas recebo a informação que pelo menos metade dos professores ficaria abaixo de cinco. Essa prova tocou no coração do problema do ensino no Brasil, o resto é detalhe.

Como esperar que um aluno de um professor que tira nota ruim ou mediana possa ter bom desempenho? Impossível. Se fosse para levar a sério a educação, provas desse tipo deveriam ser periódicas em toda a rede (assim como os alunos também são submetidos a provas). Quem não passasse deveria ser afastado para receber um curso de capacitação para tentar se habilitar a voltar para a escola.

A obrigação do poder público é divulgar as listas com as notas para que os pais saibam na mão de quem estão seus filhos. Mas a culpa, vamos reconhecer, não é só do professor. O maior culpado é o poder público que oferece baixos salários e das universidades que não conseguem preparar os docentes. Para completar, os sindicatos preferem proteger a mediocridade e se recusam a apoiar medidas que valorizem o mérito.

O grande desafio brasileiro é atrair os talentos para as escolas públicas --sem isso, seremos sempre uma democracia capenga. Pelo número de professores reprovados na prova, vemos como essa meta está distante.

Publicado na Folha de São Paulo de 08 de fevereiro de 2009

Gilberto Dimenstein, é membro do Conselho Editorial da Folha de SP e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz


domingo, 15 de fevereiro de 2009

Educação é poder

"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo."

Nelson Mandela

Inté mais

Mudança

"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda."

Paulo Freire

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Acordo Ortográfico

Olá todos, andei fuçando na rede, muitas coisas foram acabaam sendo publicadas, mas para facilitar indico um sítio bem legal que é o da Tv Cultura (clique aqui) com textos digitados e vídeos do professor Pasquale. Achei muito bom, pois ajuda quem gosta de ler e/ou quem de gosta de ver e ouvir.

Quem encontrar outras dicas bacanas e só mandar que eu publico aqui.

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Rogério Wong

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Aprendendo sobre a sexta feira 13


Por que a sexta-feira 13 é considerada um dia de má sorte?

Na América do Norte e na Europa, uma parcela significativa da população se comporta de maneira estranha em sextas-feiras 13. Nesse dia, essas pessoas não entram em aviões, não dão festas, não se candidatam a empregos, não se casam, nem iniciam um novo projeto. Algumas dessas pessoas nem vão trabalhar. Nos Estados Unidos, cerca de 8% da população tem medo da sexta-feira 13, uma condição conhecida como parasquavedequatriafobia. A "sexta-feira 13", como conhecemos, está enraizada em muitas tradições e culturas.

A superstição acerca da sexta-feira 13 é na verdade uma combinação de dois medos separados: o medo do número 13, chamado triskaidekafobia, e o medo de sextas-feiras. A fonte mais familiar de ambas as fobias é a teologia cristã. O treze é significativo para os cristãos porque é o número de pessoas que estavam presentes na última ceia (Jesus e seus 12 apóstolos). Judas, o apóstolo que traiu Jesus, foi o décimo terceiro a chegar.

Os cristãos, tradicionalmente, têm mais cautela com as sextas-feiras por Jesus ter sido crucificado nesse dia. Além disso, alguns teólogos dizem que Adão e Eva comeram o fruto proibido em uma sexta-feira, e que o grande dilúvio começou em uma sexta-feira. No passado, muitos cristãos não iniciavam nenhum novo projeto ou viagem em uma sexta-feira, por medo de que o esforço fosse condenado desde o princípio.

Os marinheiros eram particularmente supersticiosos nesse sentido e costumavam recusar-se a embarcar em sextas-feiras. De acordo com uma lenda, no século 18, a Marinha Britânica comissionou um navio chamado H.M.S. Friday (sexta-feira em inglês) com a intenção de suprimir a superstição. A marinha selecionou a tripulação em uma sexta-feira, lançou o navio em uma sexta-feira e até escolheu um homem chamado James Friday para ser o capitão do navio. E assim, em uma manhã de sexta-feira, o navio partiu em sua primeira viagem - e desapareceu para sempre.

Alguns historiadores culpam a desconfiança dos cristãos com as sextas-feiras em oposição geral às religiões pagãs. A sexta-feira recebeu seu nome em inglês em homenagem a Frigg, a deusa nórdica do amor e do sexo. Essa forte figura feminina, de acordo com os historiadores, representava uma ameaça ao cristianismo, que era dominado por homens. Para combater sua influência, a igreja cristã a caracterizou como uma bruxa, difamando o dia que a homenageava. Essa caracterização também pode ter tido um papel no medo do número 13. Foi dito que Frigg se uniria a uma convenção de bruxas, normalmente um grupo de 12, totalizando 13. Uma tradição cristã semelhante considera o 13 amaldiçoado por significar a reunião de 12 bruxas e o diabo.

Alguns ligam a infâmia do número 13 à cultura nórdica antiga. Na mitologia nórdica, o amado herói Balder foi morto em um banquete com o deus do mal Loki, que se infiltrou em uma festa de 12, totalizando um grupo de 13. Essa história, bem como a história da Santa Ceia, levam a uma das mais fortes conotações do número 13. Nunca se deve sentar-se à mesa em um grupo de 13.

Outra parte significativa da lenda da sexta-feira 13 é a sexta-feira 13 particularmente ruim ocorrida na idade média. Em uma sexta-feira 13 de 1306, o Rei Filipe da França queimou os reverenciados cavaleiros templários, marcando a ocasião como um dia do mal.

Algumas pessoas adquirem o medo da sexta-feira 13 por causa de má sorte que tiveram nesse dia no passado. Se você se envolver em um acidente de carro em uma sexta-feira 13, ou perder sua carteira, o dia ficará marcado para você. Mas se pensarmos bem, coisas ruins (como derramar o café ou problemas mais sérios) ocorrem todos os dias, portanto, se você procurar por má sorte em uma sexta-feira 13, você provavelmente encontrará.

retirado do sitio Como Tudo Funciona (HowStuffWoks)

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