Do fundo dos olhos
vem como uma canoa no rio a deslizar.
Aparece como luz que brilha
e reflete na água tranquila
e até o verde das matas ilumina
como um sutil sorriso no canto da boca.
Mas fica sempre a duvidar
sobre se, ou quando
um dia verá a transformação
do cósmico em interior,
do céu em imaginação,
da lua uma constelação
de satélites que guardam o universo.
Mas fica sempre a duvidar
de que poderiam sumir as flores
e com elas a beleza e a leveza
dessa vida em que há tristeza e falsos pudores.
E a alegria lá dentro se esconde
como um tatu a cavar
ou um avestruz de cabeça enterrada
com medo do hoje e do amanhã.
Mas fica sempre a duvidar...
como receio da alegria.
Quantos não tem medo de viver a vida?
Quantos não tem medo de trocar?
Quantos não tem medo de encontrar?
Basta se entregar ao agora
e saber que é uma vibração de Gaia
que grita, que sorri e que chora
e que fica sempre a duvidar...
Por Bruno Pinheiro
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